Os Brothers, que estão no Japão...

***

> Primeiro aniversário virtual realizado, entre Japão e Brasil... rsrsrsrsrsrsrs

Minha participação especial foi de 3 horas... e pra falar a verdade foi um dos melhores aniversários em que participei, primeiro porque não precisei dar nenhum presente, e depois porque não precisei ajudar na limpeza... ahahahahahaha

Ah! O ruim é que não comi nada, nem um pedaço de bolo... vou esperar pra ver se a galera manda por correio, pra mim...rsrsrsrsr.

_______ _ ______

É... Deixando as brincadeiras de lado...
Grande é a saudade que ficou, dos amigos, da cidade, e mesmo da empresa onde trabalhei, lá no Japão.
Foi um presente dos céus!

Sei que, lá, num futuro não muito distante, quando a idade, me fizer refletir sobre, as muitas dádivas que a vida me concedeu... a passagem, mesmo que meteórica (exatamente 1 ano), pela terra do sol nascente, estará entre as mais importantes lembranças.
Aos amigos, que estão do outro lado deste imenso planeta... desejo, muita paz, saúde, harmonia e felicidades.
A gente se vê por aqui...
Até mais!

07 de agosto de 008 - quinta-feira:
Apesar de ter ficado muito pouco tempo, lá pelas bandas do Japão - apenas 1 ano-, fui envolvido por um sentimento absolutamente impar em relação, a cidade de Izumo, aos amigos que deixei por lá, e mesmo ao trabalho na muRata (sim... escreve-se desse jeito mesmo, com um "R", maiusculo, no meio), no setor do MED.
Gosto de acreditar que muita coisa importante, aconteceu em minha espiritualidade, atráves dessa breve, porém, eterna e memorável experiência.
Ainda mantenho contato, com alguns dos bons amigos que fiz, na terra do sol nascente... através de e-mails, msn, ou mesmo por telefone. A técnologia a serviço do homem!

* * *

09 de agosto de 2008 - sábado:
Hoje o dia amanheceu nublado. Bastante frio. De repente me veio à memória, lembranças de alguns dos momentos mais marcantes, muito provavelmente, pela nostalgia do dia. Lembro-me, de quando cheguei por lá - fevereiro de 2007... meio na dúvida, do que me reservava o destino - aliás, totalmente na dúvida.

Devo confessar que no começo, a adaptação pareceu-me impossivel, mas o tempo, com o tempo, fez os seus milagres... Aos poucos fui conhecendo a cidade, fazendo novos amigos - A vida as poucos voltou a fluir. Muita gente, não teve a mesma sorte.

Não conseguiu se adaptar, não conseguiu se livrar de suas próprias angústias... A saudade, a distância da família, da esposa, dos filhos, dos amigos - um sentimento de exílio esmagador, ainda consome tanta gente por lá, de uma forma que só quem viveu isso, pode realmente dizer.

Hoje, quando reviro fotos e videos, sinto-me estranho, sem saber ao certo o que estou sentindo - talvez um misto de gratidão e extrema saudade - tive muita sorte... talvez alguém lá em cima, goste realmente de mim. A grande ironia disso tudo, é de que eu rezara muito, implorara aos céus, para não ter de fazer aquela viagem... e ao final de 1 ano, minha alma se encontrara fragmentada, numa escolha entre os extremos... continuar no Japão ou voltar pra minha casa.

Admito, que ainda não estou "curado", dessa forte influência. Já se passaram 6 meses, desde que retornei... Não consegui acumular nenhum valor material, capaz de me tornar, nada além do que sempre fui... volto para antiga empresa onde trabalhei, numa posição bem menos expressiva, seja em termos de status, ou salários. ... porém, de alguma forma, volto mais sereno, menos arrogante, menos ambicioso - quero dizer, mais comedido.

Os tempos são outros. Não quero ficar colocando na boca, mais pães, do que eu possa mastigar. Pretendo ficar mais um pouco assim, meio que de longe, observando e tentando aprender nas entrelinhas, essa loucura do ser-humano em tentar abarcar o mundo nas próprias mãos. É isso... Até!

> Dia 04 de Maio de 2007 - (Uma sexta-feira, no Japão)

Este foi, certamente, um dos momentos mais significativos de toda a minha vida.

Toquei e cantei no casamento dos amigos Abe e Catia.

Segundo os registros este foi o primeiro casamento realizado entre extrangeiros, na cidade de Izumo e no estado de Shimane.

- "Destino" ou simples "acaso"? ... Fato é que Minha presença por lá, a aquisição do instrumento musical, dos acessórios e a data em que marcaram o casamento, foram situações "coincidentes" demais, se entendermos que nada havia sido combinado entre nós.