Olá Amigos!
Hoje, uma quinta-feira, 14 de Abril de 2016...
Como a chuva recorrente, volto as minhas inquietações.
Há uma sutileza, no doce aroma da terra
molhada que se levanta aos ares, todas as vezes que as águas caem dos céus.
Há
tantas coisas a serem ditas sobre os Tempos, os Ventos e as Chuvas... E mais ainda sobre as Tempestades, resultado desse triângulo amoroso que cala fundo a alma
humana e faz imergir pensamentos, e emergir sentimentos!
Sabe que não pode prolongar suas súplicas indeterminadamente, sabe que
por trás de falácias e arrogâncias, escondem-se criaturas vãs, pequenas
e muito frágeis.
O tempo as envelhece... O vento as arrasa... E a chuva as
afoga...
É preciso escolher com cuidado os caminhos a seguir, mas nem
sempre é possível fazer as escolhas que gostaríamos... A vida é frágil demais
para nos darmos ao luxo de permanecermos "juvenis" para sempre,
mesmo sabendo de crescer põe fim a toda paz verdadeira, que haveremos de buscar
inutilmente pela
vida à fora... I-r-o-n-i-c-a-m-e-n-t-e!
Tenho agido meio que como um "louco"... Esperei,
completamente passivo, inerte, e como mandam certas "escrituras" ou
famigerados ensinamentos, sofri de fato as "demoras de Deus"...
Sentado a beira do abismo, desarmado de todas as minhas forças e arrogância
aguardei pelos sinais dos "céus".
O tempo passou... o vento soprou... a chuva caiu!
Muita coisa aconteceu, pelo mundo, a minha volta... Mas nada
aconteceu comigo, com minha vida!
Um longo ano dessa minha fugaz existência,
inexplicavelmente, se perdeu.
Tenho medo de pensar que poderia ter feito algo, e não fiz!
Sei que ainda sobrevive um poeta, um nostálgico, um
romântico, um jovem sonhador, em alguma parte, num verdejante vale esquecido da
minha pobre e cansada alma... Sinto as vezes, muito raramente agora, que
imagens, visões fantasmagóricas de um passado luminoso, mas muito distante,
ainda pulsa em minhas veias e em meu coração de velho menino... Menino velho!
As
vezes a tristeza invade meu espírito... me força a lembrar de coisas, que
quase já não me lembro... me convida a chorar!
A mesma tristeza que nas escadarias da vida, senta ao meu lado, fita-me inexpressivamente e atravessa silenciosamente meu olhar perdido.
O vento sopra... carrega folhas mortas, ressecadas, esparramadas pelas ruas e calçadas do tempo... O Tempo que passa... O que Vento sopra... E a Chuva que traz de novo o cheiro da terra molhada...
O vento sopra... carrega folhas mortas, ressecadas, esparramadas pelas ruas e calçadas do tempo... O Tempo que passa... O que Vento sopra... E a Chuva que traz de novo o cheiro da terra molhada...
A chuva, que vem lavar bem mais que só as ruas das cidades.... tem um poder de
acalmar e aquietar nossas furiosas emoções.
E de decisões em decisões, embora aprendamos muitas lições, acabamos seguindo
caminhos, trilhas e atalhos que nos levam a lugar algum.
Buscamos qualquer coisa que nos soe verdadeira, e mesmo que não o seja, possa como a doce brisa momentânea, espantar o mormaço que quase sempre se abate sobre o nosso viver.
Me senti como se estivesse congelado num iceberg, a flutuar errante por mares gelados, congelados e solitários... Lugares tão inóspitos, quanto os sombrios e insondáveis umbrais da alma humana.
O tempo e o vento, transformaram esperanças em desesperanças!
Tenho medo de achar de retrocedi, um ou mais passos, da direção à minha
salvação.
Não sei se são lembranças felizes que deixei em algum lugar do passado, ou se
são suplícios de uma saudade.
De quem se agarra as ilusões que queria ter
vivido mas nunca viveu.
Sinto um vazio imenso!
E na lucidez que ainda me resta, enquanto me restar, volto a escrever e a derramar em brancas páginas um pouco do tudo que sinto, ou ressinto.
É o que me resta!
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